Alvaro de Campos
Isto é um titulo.
Isto é um blogue. Isto são histórias. Verdade? Mentira?
quarta-feira, 18 de março de 2015
Ser velho
Ser novo é não ser velho. Ser velho é ter opiniões. Ser novo é não querer saber de opiniões para nada. Ser novo é deixar os outros ir em paz para o Diabo com as opiniões que têm, boas ou más — boas ou más, que a gente nunca sabe com quais é que vai para o Diabo.
sábado, 8 de novembro de 2014
sexta-feira, 7 de novembro de 2014
terça-feira, 4 de novembro de 2014
Mulheres
"Há três espécies de mulheres neste mundo: a mulher que se admira, a mulher que se deseja e a mulher que se ama. A beleza, o espírito, a graça, os dotes da alma e do corpo geram a admiração. Certas formas, certo ar voluptuoso, criam o desejo. O que produz o amor, não se sabe; é tudo isto às vezes; é mais do que isto, não é nada disto. Não sei o que é; mas sei que se pode admirar uma mulher sem a desejar, que se pode desejar sem a amar."
Almeida Garrett
Almeida Garrett
segunda-feira, 3 de novembro de 2014
Caeiro e Marco Aurélio
Viver Sempre Perfeitamente Feliz
Viver sempre
perfeitamente feliz. A nossa alma tem em si mesma esse poder de ficar
indiferente perante as coisas indiferentes. Ficará indiferente se considerar
cada uma delas analiticamente e em bloco, lembrando-se que nenhuma nos impõe
opinião a seu respeito nem nos vem solicitar; os objectos estão aí imóveis e
somos nós que formamos os nossos juízos sobre eles e os entalhamos, por dizê-lo
assim, em nós mesmos; e está em nosso poder não os gravar e, se eles se
insinuam nalgum cantinho da alma, apagá-los de repente.
Depois os
cuidados que te pungem não duram, bem depressa deixará de viver. E por que tens
um penoso sentimento de serem assim as coisas? Se são conformes à natureza
aceita-as alegremente e sejam-te propícias. Se vão ao arrepio da natureza,
busca o que for conforme à tua natureza, e corre nessa direcção, fosse-te ela
menos propícia; merece indulgência quem procura o seu próprio bem.
Marco Aurélio, in 'Pensamentos'
Alberto Caeiro
Alberto Caeiro
Se eu pudesse trincar a terra toda
E sentir-lhe um paladar,
E se a terra fosse uma coisa para trincar
Seria mais feliz um momento...
Mas eu nem sempre quero ser feliz.
É preciso ser de vez em quando infeliz
Para se poder ser natural...
Nem tudo é dias de sol,
E a chuva, quando falta muito, pede-se.
Por isso tomo a infelicidade com a felicidade
Naturalmente, como quem não estranha
Que haja montanhas e planícies
E que haja rochedos e erva...
O que é preciso é ser-se natural e calmo
Na felicidade ou na infelicidade,
Sentir como quem olha,
Pensar como quem anda,
E quando se vai morrer, lembrar-se de que o dia morre,
E que o poente é belo e é bela a noite que fica...
E que se assim é, é porque é assim.
http://multipessoa.net/labirinto/alberto-caeiro/2
http://multipessoa.net/labirinto/alberto-caeiro/2
Platão III
http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/opombo/hfe/protagoras2/links/O_banquete.pdf
A visão do pensamento começa a enxergar com agudeza quando a dos olhos tende a perder a sua força: tu porém ainda estás longe disso.
A visão do pensamento começa a enxergar com agudeza quando a dos olhos tende a perder a sua força: tu porém ainda estás longe disso.
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